A misericórdia de Deus é ao mesmo tempo uma graça e uma conquista. O sacrifício de Cristo na cruz lavou os nossos pecados, purificou de nossas culpas. De fato, em Cristo encontramos a nossa justificação: o pecado nos afastou de Deus, nos deixou "não preparados" para o encontro com o divino. Cristo nos tornou novamente "preparados" para esse encontro, nos justificou. Esse tema é muito importante na teologia protestante e, embora tenha sido menos sublinhado em ambiente católico, hoje cresce cada vez mais a consciência sobre esse aspecto.

Falando em maneira bastante superficial, visto a natureza humana que tende ao pecado, seríamos todos condenados, por que incapazes de alcançar o Céu. Todos pecamos! Estamos em uma estrada sem saída. Deus, invés, como com um decreto, lavou a nossa culpa, e fez com que nos tornássemos aptos para entrar no paraíso.

Essa ação ontológica conquistada através da fé em Cristo, como explica Paulo na carta aos romanos, é dom gratuito de Deus.

Por outro lado, coisa muito sublinhada pela igreja católica, existe um processo da ação "justificante" do espírito. Ou seja, existe a ação que confirma a nossa adesão à justificação.

Leia esse excelente texto, que explica de maneira mais exaustiva a teologia da justificação.

 

Merecer o perdão de Deus

Como indicado acima, você já tem o perdão de Deus. Ele acolhe todo pecador, de braços abertos. Isso é evidente na parábola do filho pródigo, contada em Lucas 15. O pai esperava todo dia o filho pecador. Foi o filho que demorou para tomar a decisão de voltar para a casa do pai. Quando voltou, encontrou o pai esperando, que o acolheu de braços abertos, sem fazer perguntas ou impor condições. Bastou a decisão do filho para voltar pra casa.

Você está disposto a "voltar pra casa", a mudar de vida, a não repetir os erros? Essa sua atitude demonstraria a ação justificante de Cristo na sua vida.