Essa carta, com seus 25 versículos, é tão pequena que um resumo é quase supérfluo. Mas, ao mesmo tempo, como diz o ditado, em caixas pequenas se encondem tesouros. E essa pequena carta é um verdadeiro tesouro.
Como as cartas aos Efésios e aos Colossenses, quando Paulo escreve a Carta a Filêmon, está na prisão, embora não se saiba se naquela de Êfeso (52-54) ou de Roma (61-63).
O conteúdo da carta é a notícia dada a um cristão convertido por Paulo, Filêmon, que o seu escravo fugitivo, Onésimo, está voltando. Também esse escravo foi convertido por Paulo. O detalhe mais significativo desse "bilhete" de Paulo é ver o coração delicado de Paulo e, ao mesmo tempo, a solução que o apóstolo dos gentios propõe para questão da escravidão, já acenada em Romanos 6,15, quando falando da Lei diz que Cristo libertou o homem do mal para entregá-lo a Deus: o escravo resgatado não pode mais ser reduzido à escravidão, mas dever servir fielmente seu novo senhor.
No caso concreto dos patrão e do escravo, ambos agora cristãos, mesmo se conservam suas relações sociais de antigamente, de antes de serem cristãos, como convertidos devem viver como dois irmãos ao serviço do mesmo Senhor.