Para entender a importância da esterelidade dessas mulheres, é fundamental lembrar da promessa feita por Deus a Abraão, contada em Gênesis 17,4-5:
"Veja! A aliança que eu faço com você é esta: você será pai de muitas nações. E não se chamará mais Abrão, mas o seu nome será Abraão, pois eu o tornarei pai de muitas nações."
A esterelidade das esposas dos patriarcas parece colocar em dificuldades a realização dessa promessa, pois como poderia ser Abraão pai de um povo numeroso se não tivesse descendência? Seria impossível. O mesmo problema existia com a história do sacrifício de Isaac, quando Abraão parecia ter que sacrificar a sua única esperança de ter uma descendência. Invés os fatos mostram que, tendo confiança em Deus, os planos divinos se realizam.
É isso que lembra Paulo quando escreve aos romanos, em 4,16-17:
A herança, portanto, vem através da fé, para que seja gratuita e para que a promessa seja garantida a toda a descendência, não só à descendência segundo a Lei, mas também à descendência segundo a fé de Abraão, que é o pai de todos nós. De fato, a Escritura diz: «Eu constituí você pai de muitas nações.» Abraão é o nosso pai diante daquele no qual ele acreditou, o Deus que faz os mortos viverem e que chama à existência aquilo que não existe.