Olá Eliabe de Belem - PA!
O nome de Policarpo não encontramos diretamente nos escritos bíblicos. Entretanto, entendemos que o que lemos no livro do Apocalipse se refiram a ele. A obra História Eclesiástica, Livro IV, XV, Eusébio de Cesareia, assume um valor inestimável na compreensão dos acontecimentos ocorridos nos primórdios da Igreja.
Destacamos estas considerações que ajudarão ilustrar a compreensão.
No livro do Apocalipse 2,10 encontramos:
10“Não tenhas medo do que irás sofrer. Eis que o Diabo vai lançar alguns dentre vós na prisão, para serdes postos a prova. Tereis uma tribulação de dez dias .Mostra-te fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida”. Apocalipse 2,10) Bíblia de Jerusalém.
O testemunho dos escritos da Época.
Conforme indicações da História Eclesiástica de Eusébio o bispo de Esmirna na época era Policarpo. A Bíblia não esclarece em detalhe quais foram as perseguições sofridas pela comunidade de Esmirna e nem aparece o nome dos cristãos de Esmirna martirizados, mas nós temos o conhecimento através dos escritos de Eusébio e a forma do martírio de Policarpo. Olhemos o relato do livro História Eclesiástica que conta como se deu a morte de Policarpo, bispo de Esmirna.
20. Mas quando o governador lhe pediu e disse: 'Jura e te soltarei; maldiz a Cristo', Policarpo disse: 'Oitenta e sei anos venho servindo-o e nenhum mal me fez. Como posso blasfemar contra meu rei, que me salvou?'
Foi a espada cravada em seu coração que tirou a vida e não a fogueira preparada:
38Ao fim, vendo aqueles ímpios que o corpo não podia ser consumido pelo fogo, ordenaram ao confector que se aproximasse e cravasse nele sua espada;
39. feito isto, brotou um caudal de sangue tão grande que apagou o fogo e deixou assombrada a multidão que via a grande diferença entre os infiéis e os eleitos. Um destes foi este homem, admirável em demasia, mestre apostólico e profético de nossos dias, bispo que foi da igreja de Esmirna. Efetivamente, toda palavra que saiu de sua boca se cumpriu e se cumprirá. (Da obra História Eclesiástica, Livro IV, XV, Eusébio de Cesárea)