É verdade que Pedro era um homem casado. Embora não conheçamos o nome de sua esposa e de eventuais filhos, sabemos que Jesus curou a sua sogra. Desse fato se deduz o estado civil do apóstolo.
A questão do papa como sucessor de Pedro é muito mais complexa do que o celibato, que entrou na igreja como uma questão disciplinar mais do que como elemento teológico. De fato, dentro do seio do catolicismo, há alguns que questionam essa medida e buscam a possibilidade de que os padres possam se casar. Obviamente isso valeria apenas para os padres diocesanos e não para os religiosos, que livremente decidem de viver em castidade, fazendo o voto. Esse voto continuaria válido também em uma eventual decisão que permita o casamento do padre.
Voltando ao sucessor de Pedro, é um fato mais ligado à tradição. Sabemos que o apóstolo Pedro teria morrido em Roma, por volta do ano 64 depois de Cristo. Ele é tido como primeiro bispo de Roma. Desde então, pela igreja católica, todos os bispos de Roma são considerados sucessor do apóstolo. E o Papa é, do ponto de vista gerárquico, o Bispo de Roma.
Algo muito mais delicado é o considerar o Papa como Vigário de Cristo. Isso tem implicações teológicas e ecumênicas mais complicadas.