O termo sinagoga deriva do verbo grego “reunir” e significa o lugar de encontro da comunidade judaica. Em hebraico poderia ser traduzida com “Beit Knesset”. Há teorias que dizem que as primeiras surgiram no período do exílio em Babilônia, quando os hebreus, longe de Jerusalém, não podiam mais se reunirem no Templo. A diferença essencial em relação ao Templo era que na sinagoga não se faziam sacrifícios, mas consistia principalmente na leitura da Bíblia, a Torá e os profetas, acompanhada por orações e hinos e a eventual explicação dos textos lidos.
As sinagogas mais antigas conhecidas na Palestina são quase todas dos séculos III e IV depois de Cristo. Uma das mais importantes é aquela de Cafarnaum, mas há outras muito famosas em Bet Alfa, Gerasa e Tiberíades, só para citar alguns exemplos.
Não sabemos se todas as cidades tinham suas sinagogas. É verdade que o Rabi Yochanan ben Zakai, que viveu no primeiro século da era cristã, era um grande difusor desses locais e deseja que em todo lugar onde houvesse judeus ali existisse também uma sinagoga. Em Roma, em Ostia Antiga, existe uma sinagoga do primeiro século.
Do texto evangélico, sabemos que em Nazaré, que era uma cidade muito pequena, tinha a sua sinagoga. A arqueologia diz que Cafarnaum, que se tornou “a casa de Jesus”, também tinha uma sinagoga. Vemos ainda Paulo frequentemente começar a sua pregação a mensagem de Cristo nas sinagogas. Por isso, poderíamos supor que, no tempo de Jesus, era uma realidade sólida na sociedade judaica.