Quatro evangelistas, quatro evangelhos, 4 comunidades: diferenças entre os autores

O autor de cada evangelho contou a história de Jesus e suas atividades, durante a vida pública. Os evangelistas tinham com o objetivo tornar conhecida a boa nova de quem Jesus foi e o que ensinou. Cada evangelista usou a linguagem que possuía, escolhendo fatos, acontecimentos, milagres etc...para que seus leitores entendessem as grandes coisas que Deus fizera. Os evangelistas contam a mesma história, os quatro biógrafos enfatizaram ou se concentraram em aspectos distintos, deixando marcas daquilo que eram, de suas comunidades, aptidões etc...Estes aspectos foram a base na qual desenvolveram seus livros.

 

O que aparece de diferente no Evangelho de Mateus

Mateus escreve seu evangelho em Jerusalém, para as comunidades da Judéia, formada basicamente por Judeus.

Assim diferente dos outros evangelhos ele reforça o texto com muitos versículos do Antigo Testamento. Estes textos se tornam sentenças encaixadas nas narrativas que ajudam a compreensão dos Judeus, que conheciam muito bem o Antigo Testamento.

Para Mateus a vinda de Jesus foi planejada por Deus em toda a extensão das Escrituras judaicas (o Antigo Testamento), séculos antes do Seu nascimento.

As profecias do Antigo Testamento abalizam as narrativas relacionadas ao nascimento de Jesus, sua vida, os ensinamentos, os milagres, parábolas e a morte de Jesus.

A utilização das profecias do Antigo Testamento, fazem de Mateus ser diferente dos outros. Onze vezes Mateus faz referências às profecias e seus respectivos cumprimentos.

Jesus é apresentado como o Novo Moisés, característica que diferencia o Mateus dos outros evangelistas.

Os cinco livros do Pentateuco aqui são reapresentados em forma de cinco discurso principais. Só aparecem Mateus. Vejamos:

 

Os cinco discursos principais do Evangelho segundo Mateus:

1)      Discurso:

O Sermão da Montanha, que diz respeito ao discipulado (5,1–7,29);

2)      Discurso:

A incumbência de Jesus aos apóstolos (8,1–11,1);

3)      Discurso:

As Parábolas do reino (13,1–52);

4)      Discurso:

As relações no reino, que dizem respeito à vivência em igreja: O Novo Povo de Deus (18,1–19,1);

5)       Discurso:

Do Monte das Oliveiras, que trata do julgamento final. (24,1–25,46).

 

Concluindo:

Sem dúvida é da compreensão das diferenças entre os evangelistas, que conheceremos melhor a mensagem de Jesus que é proposta nos evangelhos escritos.

As diferenças tornam-se assim um riqueza enorme para todo aquele que quer praticar este ensino novo de Jesus e vivê-lo em seu dia a dia.